camboinhas conflitos
A aldeia indígena Tekoa Mbo’yty - aldeia de sementes em português - foi fundada em 2008 pelos índios Tupi Guarany de Paraty Mirim, que voltaram ao lugar considerado sagrado por eles, na praia de Camboinhas. O local é um dos sítios arqueológicos da região, Duna Pequena, onde há sambaquis (considerados cemitérios indígenas) de 6 mil anos de idade.
Transferência de Camboinhas depende de estudo
Depois de cerca de dois anos da migração dos indígenas da aldeia Paraty Mirim, no sul do estado, para Camboinhas, em Niterói, a situação fundiária dos Guarani ainda está indefinida. A expectativa era de que eles se mudassem para a Região dos Lagos logo depois de um incêndio que consumiu a aldeia, em 2008. Como a proposta da prefeitura de Maricá ainda não se concretizou, os índios já não sabem se querem deixar o local.“Instalados em um região cercada de condomínios de luxo, os cerca de 60 indígenas de Camboinhas reconstruíram a aldeia, chamada Tekoá Mboy Ty, depois do incêndio. Ergueram 13 ocas, a escolinha, onde também são oferecidas aulas de guarani para não índios, retomaram as plantações e o artesanato. No último ano, receberam telefone, internet e computadores. As doações foram feitas por colaboradores e pela Prefeitura de Niterói, que reconheceu a escola como indígena. “"As pessoas estão pensando em permanecer aqui. É uma terra para preservação. Não dá para, do nada, deixar tudo de novo", afirmou o cacique Darci, ao lembrar que a área é um antigo sambaqui (cemitério). A região arenosa, no entanto, não serve para agricultura, um dos problemas do local. O item foi analisado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que também concorda com a transferência da Tekoá Mboy Ty para Maricá, onde, inclusive, já estudou a nova área para localização.“O novo sítio deve ser instalado entre as praias de Itaipuaçu e São José, na Área de Proteção Ambiental (APA) da União na Barra, em Maricá. A Funai quer que a prefeitura da cidade resolva até o final de abril a situação dos