camada de ozonio
Imagens de satélite mostram o buraco na camada de ozônio, em azul, em diferentes anos
Imagens de satélite mostram o buraco na camada de ozônio, em azul, em diferentes anos (Foto: Nasa/AP)
Não é sempre que cientistas vêm a público para dar boas notícias na área ambiental. Pois foi exatamente isso o que aconteceu nesta quarta-feira (10).
Segundo um painel de 300 cientistas das Nações Unidas e da Organização
Meteorológica Mundial (OMM), o buraco na camada de ozônio não está apenas diminuindo. A camada que protege a Terra de perigosos raios solares pode estar completamente recuperada até o meio do século. >> As 10 grandes dúvidas em relação às mudanças climáticas A camada de ozônio é um "filtro" de gás ozônio
(O3) que fica na estratosfera. Ela absorve raios ultravioletas do Sol. Na década de 1970, cientistas descobriram que existia uma enorme buraco nessa camada, na região da Antártica, e que esse buraco foi causado pela ação humana - a emissão de clorofluorcarbonos, os CFCs. Na década de 1980, os países do
mundo se reuniram e assinaram o Protocolo de Montreal, que proíbe lançar esses gases na atmosfera. O buraco continua lá desde então - ele se manifesta anualmente, na primavera. Mas recentemente, parou de crescer e, pela primeira vez, os cientistas anunciaram que o ozônio está se recuperando. Segundo o
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), essa recuperação é resultado direto da ação internacional ao proibir as emissões. O estudo do
Pnuma considera que a proibição evitou mais de dois milhões de casos de câncer de pele que poderiam ocorrer, por ano, caso o buraco continuasse crescendo, além de proteger a agricultura e a vida selvagem. A ONU e a OMM acreditam que o sucesso para enfrentar o problema de ozônio precisa servir de exemplo na luta contra as mudanças climáticas. "A ação internacional