Calha norte
Um novo Brasil vem sendo construído na Amazônia Setentrional com ajuda do Programa Calha Norte (PCN). Criado em 1985 pelo Governo Federal para promover a ocupação e o desenvolvimento ordenado e sustentável da região, o Programa vem cumprindo esses objetivos por meio de ações diversas, tais como obras de rodovias, portos, escolas, hospitais, redes de energia elétrica, além de instalações que reforçam a segurança nas fronteiras e o combate ao narcotráfico.
Abrangendo 194 municípios, 95 dos quais ao longo dos 10.938 km da Faixa de Fronteira, em seis Estados da Federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima), o Programa Calha Norte tem uma área de atuação que corresponde a 32% do Território Nacional onde habitam cerca de 8 milhões pessoas, incluindo 46% da população indígena do Brasil.
O termo Calha Norte deve-se ao fato de que o Programa foi criado para atender os municípios situados ao norte do rio Amazonas, ou seja, a região localizada na calha norte do Amazonas.
Subordinado ao Ministério da Defesa desde 1999, o Programa possui como principais vertentes a manutenção da soberania nacional e da integridade territorial da região do Calha Norte, e a promoção do desenvolvimento regional. Todas as atividades são desenvolvidas respeitando-se as características regionais, as diferenças culturais e o meio ambiente, em harmonia com os interesses nacionais.
Entre os principais desafios estão o esvaziamento demográfico das áreas mais remotas, a intensificação e o espraiamento de ilícitos transfronteiriços e ambientais. Nesse contexto, crescem, igualmente, as necessidades de vigilância da fronteira e de proteção das populações da região diante de novos e perversos fenômenos sociais.
Trata-se de uma região com grandes riquezas e igualmente com problemas potenciais, como narcotráfico, ameaças ao meio-ambiente, às populações indígenas e às comunidades tradicionais não indígenas.
Esses desafios assumem dimensão mais delicada quando verificados em