Calculo Vetorial - Preliminares
Não tem como escapar: se você pretende ser um Engenheiro, terá de dominar o Cálculo Vetorial. Sem ele, não se pode descrever em linguagem matemática – a única efetivamente universal no ramo da Engenharia! – os diversos fenômenos físicos sobre os quais se debruçarão os Engenheiros na busca por soluções técnico-econômicas viáveis.
Entretanto, umas das maiores dificuldades encontradas pelo estudante de Engenharia é a associação dos conceitos físico-matemáticos à fenomenologia. Em outras palavras: “pra que serve isso?”, ou então: “como isso se aplica na prática”, ou ainda, em ‘pânico’: “Eu num intindi o que ele falô”.
Nada errado nisso. Ao contrário, isso é natural nas primeiras fases do aprendizado. Há, no entanto, alguns artifícios e ferramentas que, se observadas e utilizadas adequadamente, garantirão atalho seguro para longe dessa etapa inicial. São conceitos que o estudante deve ter muito claro consigo. Sedimentados, fundamentarão o aprendizado técnico de forma satisfatória.
Um deles é entender o que é um vetor e qual a sua função.
Vetor não existe! É uma “construção mental”, um conceito. “Um vetor é um ente que se caracteriza por seu módulo, direção e sentido” – diz o professor. “F...!” – pensa o aluno.
Bem, de certa forma ele está certo. Principalmente se não atinar que essa “construção teórica” presta-se a um fim particularmente importante ao Engenheiro: representar grandezas físicas. Há grandezas físicas escalares e vetorias. Aquelas, se representam por um número apenas – uma quantificação de sua porção é suficiente. Assim, se se diz “tenho 1,80m de altura”, tudo mundo entende. Por quê? Porque altura (distância) é uma grandeza física escalar: pode ser representada por um único número, um escalar. Já, se se diz: “apliquei uma força de cinqüenta quilos (quilograma-força)”, a informação fica incompleta. Aplicou horizontalmente ou verticalmente? Ou obliquamente (inclinada)? E ainda: Aplicou a força, puxando ou