Calculo Silo de Graos
PRESSÕES E FLUXO EM SILOS ESBELTOS
(H/D≥1.5)
Giovano Palma 1 & Carlito Calil Junior 2
Resumo
A maioria dos silos existentes no mundo não apresenta condições ideais de operação devido ao insuficiente conhecimento das pressões, do fluxo e do grande número de variáveis que afetam o comportamento dos produtos armazenados. Isso explica também, a grande quantidade de acidentes e colapsos em silos. Uma análise dos principais códigos normativos indica a existência de divergências entre eles, principalmente quando se referem à determinação das pressões exercidas pelo produto armazenado sobre a estrutura, o mesmo ocorrendo entre as teorias propostas por pesquisadores. Este trabalho tem por finalidade apresentar um estudo teórico das pressões e fluxo em silos verticais esbeltos (h/d≥1,5) exercidas pelo produto armazenado. Para isso, um estado da arte das teorias de pressões e fluxo propostas pelos mais importantes pesquisadores e normas internacionais sobre o assunto foi desenvolvida. Como exemplo de aplicação, foram analisadas as pressões em um silo vertical esbelto com fundo cônico, para as situações de fluxo de massa e fluxo de funil, para dois produtos granulares.
Palavras-chave: pressões; fluxo; silos esbeltos; estruturas de armazenamento.
1
INTRODUÇÃO
No Brasil, a necessidade de ampliação da rede armazenadora se torna cada vez mais necessária, tendo em vista que conforme o terceiro levantamento da safra elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) (2004), a produção brasileira de grãos baterá um novo recorde, com um volume de 130,8 milhões de toneladas na safra 2003/2004, o que representa um acréscimo de 6,2% sobre a colheita anterior (123,2 milhões de toneladas). A estimativa indica um crescimento de
3,1 milhões de hectares na área plantada em relação ao período anterior, totalizando
47 milhões de hectares.
Estima-se que este ritmo de crescimento da área cultivada provocará um salto na produção agrícola em longo prazo, tanto que se