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Cada aço apresenta uma correlação entre a temperatura de revenimento e as propriedades mecânicas. As curvas de dureza versus temperatura de revenimento são normalmente empregadas para a seleção da temperatura de revenimento de um aço.
5.2 - Tempo de revenimento
A difusão de carbono e elementos de liga do reticulado TCC da martensita para a formação de carbonetos durante o revenimento é dependente do tempo. O efeito do tempo de revenimento em um aço SAE 1080 é mostrado na figura abaixo. São apresentadas quatro temperaturas de revenimento: 205°C, 315°C, 425ºC e 540ºC.
Verificam-se grandes alterações de dureza para tempos de revenimento inferiores a 10s. Menos rápidas, porém significativas alterações de dureza, para tempos entre 1 e 10minutos e pequenas alterações para tempos de revenimento entre 1e 2 horas. A permanência por longos períodos tempos elevados em temperaturas entre 375 e 575ºC pode causar redução de tenacidade.
Tratamentos térmicos dos aços
Marcelo F. Moreira / Susana M. G. Lebrão
1 5.3 - Velocidade de resfriamento após o revenimento revenido Outro fator que afeta as propriedades mecânicas dos aços temperados é a velocidade de resfriamento a partir da temperatura de revenimento. Apesar da resistência mecânica não ser afetada, a tenacidade pode diminuir se o aço for resfriado lentamente através da faixa de temperatura entre 375ºC e 575ºC, particularmente em aços contendo elementos de liga formadores de carbonetos (Ti, Cr, Mo, W). A ductilidade (alongamento e estricção) também pode sofrer redução. Este fenômeno é denominado de fragilização pelo revenimento ou fragilidade pelo
Fragilidade pelo revenido
Quando aços ao carbono e baixa-liga são revenidos por longos períodos ou resfriados lentamente através da faixa de temperaturas entre 375ºC e 575ºC. estes apresentam uma tenacidade inferior aos aços revenidos por períodos normais ou resfriados rapidamente através desta faixa de temperatura. A