cafrios e anti termicos
576 palavras
3 páginas
EDIÇÃO PARA PROFESSORESNúmero 3 • Junho de 2008
Em diacom as CIÊNCIAS
NATURAIS
Eduardo Canto
Autor de Ciências Naturais, aprendendo com o cotidiano – Editora Moderna
Por que a febre dá calafrios?
Como os anti-térmicos combatem a febre?
A atuação do hipotálamo na manutenção da temperatura tem a ver com as respostas.
No número anterior, vimos como o corpo controla a própria temperatura e o importante papel desempenhado pelo hipotálamo nesse processo.
Vamos precisar dos conceitos lá apresentados para entender o processo febril e a atuação dos anti-térmicos. Alguns nomes técnicos serão usados, e seu significado está nas notas de rodapé.
cias que inibem a atividade da enzima COX-2. Isso evita a formação de prostaglandina-E e restabelece o ponto de ajuste hipotalâmico no seu valor normal. Assim que isso acontece, o centro de perda de calor do hipotálamo desencadeia os mecanismos para que a temperatura corporal abaixe: vasodilatação periférica e sudorese.
Infecções, lesões em tecidos, câncer e rejeição a transplantes são ocorrências em que os macrófagos 1 liberam citocinas 2 , entre elas a interleucina-1 3. Esta é transportada pelo sangue e, chegando ao hipotálamo, ativa a enzima 4 ciclooxigenase-2 (abreviada por COX-2).
É interessante notar que os anti-térmicos apenas fazem o ponto de ajuste voltar ao normal, mas não o diminuem abaixo disso. Também não reduzem altas temperaturas provocadas por atividade física intensa ou permanência em ambientes quentes.
Uma vez ativada, a COX-2 atua na produção da substância chamada prostaglandina-E, que causa, no hipotálamo, aumento do ponto de ajuste da temperatura corporal (reveja o número anterior).
Assim que há esse aumento, o centro de produção e conservação de calor desencadeia mecanismos para elevar a temperatura corporal até o novo valor: vasoconstrição periférica e tremores. Estes são os calafrios típicos do estado febril.
A temperatura corporal mais alta inibe o crescimento bacteriano e acelera processos imunitários