caderno liquido pericardico
Em condições normais, encontram-se cerca de 10 a 50 mL de líquido no espaço pericárdico. É um filtrado plasmático produzido por um processo transudativo. O derrame pericárdico (aumento da quantidade de líquido) pode ser encontrado em processos inflamatórios, malignos ou hemorrágicos. Entre as causas mais comuns, encontramos pericardite bacteriana, viral, tuberculosa e fúngica, infecções por micoplasma e relacionada à AIDS, carcinomas metastáticos e linfomas, infarto do miocárdio, hemorragias por trauma, distúrbios da coagulação, doença reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico e distúrbios metabólicos como uremia e mixedema.
EXAME MICROSCÓPICO
O líquido pericárdico normal é amarelo claro e límpido. Apresenta-se hemorrágico em processos infecciosos, malignos, traumas, distúrbios da coagulação, escape de aneurisma aórtico, colagenoses, pericardite hemorrágica idiopática e pós-infarto. Entretanto, pode significar também um acidente durante a punção. O diagnóstico diferencial será realizado pelo hematócrito, que nos acidentes será similar ao do sangue periférico, ao contrário do encontrado nas efusões hemorrágicas verdadeiras. Além disso, o sangue da efusão não coagula, enquanto o do acidente de punção sim. Já as efusões por processos metabólicos é clara e com uma cor amarelo-pálida.
Grandes volumes (acima de 350 mL) sugerem processos malignos, uremia e processos inflamatórios ligados à AIDS.
EXAME BIOQUÍMICO
Proteínas
A determinação de proteínas possui pequeno valor para o diagnóstico diferencial das efusões pericárdicas.
Glicose
Podem ser encontrados níveis de glicose menores que 40 mg/dL nos derrames bacterianos, na tuberculose, na artrite reumática e nos processos malignos metastáticos. Sua avaliação tem pouco valor para o diagnóstico diferencial.
EXAME CITOLÓGICO
A análise citológica é composta de duas etapas distintas: a citometria, em que é feita a análise quantitativa das células, e a citologia, em que é feita a contagem