Caderno de memória - parque urbano
Caderno de Memória |Parque Urbano na Antiga Usina de Santa Barbára|
1- Textos de Apoio
Fichamento Morte e vida de grandes cidades - Os usos dos parques de bairro Jane Jacobs p. 97 - 121 Os parques possuem usos distintos, e são eles que caracterizarão a duração do parque e a sua popularidade. Planejadores do urbanismo ortodoxo acreditam que espaços de áreas livres, de uso para os moradores, sejam os ideais para reerguerem as cidades. No entanto esses lugares se tornam propícios para crimes contra a população. Precisamos atentar ao fato de que os parques não são os pulmões do espaço, como diz a ficção cientifica. E segundo Jacobs, apenas “as correntes de ar que circulam à nossa volta, e não os parques, que evitam que as cidades sufoquem.” (p. 99) E também é preciso compreender que substituir ruas por áreas verdes não surtirá efeito sobre a quantidade de ar fresco que a cidade possa receber. “O ar não tem conhecimento algum dos fetiches das áreas verdes e é incapaz de atuar de acordo com eles.” (JACOBS, J. p. 100) É necessário saber que os parques não são os geradores da valorização dos imóveis em seu entorno. “Os parques, por si sós, não são nada e menos ainda elementos efêmeros de estabilização de bens ou de sua vizinhança ou distrito.” (JACOBS, J. p. 100) Em alguns casos os parques atuam como empecilhos para a própria valorização, pois fica abandonado e/ou ocupado por pessoas relacionadas ao crime. Os parques podem transformar o seu entorno, melhorando de tal forma a sua ocupação. No entanto são eles que sofrem com a maneira que as pessoas interferem em seu espaço. A diversidade de habitações e construções em torno dos parques faz com que surjam diferentes tipos de usuários, com diferentes rotinas, fazendo assim com que o parque seja habitado o dia todo. Morte e vida de grandes cidades – A maldição das