Cadeia produtiva do algodão
Resumo
O presente artigo procura abordar de forma sintética sobre a cadeia produtiva do algodão, apresentando suas origens, o cenário mundial e nacional da produção do algodão, sua importância econômica, os subprodutos do algodão, alguns dados estatísticos dos custos de produção, principais regiões produtoras e situação do mercado atual. Apresenta também, através do anexo “1” o desenho da cadeia produtiva do algodão, para que se possa ter uma idéia geral de quais são os segmentos da cadeia.
1 Introdução
O algodão (Gossypium hirsutum L) é a principal fibra natural, utilizada no Brasil e no mundo, para a produção de tecidos e confecções. Não apresenta grandes exigências com relação ao clima e ao solo, e, portanto pode ser produzida em praticamente todos os continentes. De toda produção mundial de fibras, para fins têxteis, incluindo as artificiais e sintéticas, o algodão é responsável por 46%. Neste sentido, a produção de algodão é de fundamental importância para o Brasil. Além da fibra, o algodoeiro produz diversos subprodutos, que apresentam também grande importância econômica, destacando-se o línter, que é cerca de 10 % da semente do algodão, o óleo bruto uma média de 15,5% da semente, a torta para ração animal, que é quase a metade da semente, além da casca e do resíduo (4,9% do total). Como cultura industrial, o algodão tem, na sua cadeia produtiva, diversos setores, que empregam e/ou fornecem ocupação, desde o campo até a indústria de confecção. O Algodão é cultivado no mundo a muitos séculos antes de Cristo. Nas Américas os historiadores se referem a vestígios encontrados no litoral norte do Peru, evidenciando que neste continente o algodão é cultivado desde tempos muito anteriores a chegada de Cristóvão Colombo. Naquela época, os incas já produziam artesanato têxtil, pois amostras de tecidos de algodão, por eles deixados, maravilham pela beleza, perfeição e combinação de cores. No