cadeia do trigo
A partir da revisão bibliográfica e de entrevistas pessoais com especialistas do setor
(executivos e pesquisadores), estruturou-se a o desenho simplificado do SAG do Trigo no
Brasil, onde os principais setores foram quantificados (faturamento do setor obtido com a comercialização na cadeia do trigo em 2002). O desenho contendo a estrutura do sistema e a quantificação dos setores encontra-se anexado no final deste artigo (Anexo A). Essa estrutura contém os diversos segmentos participantes no referido sistema, posicionados em níveis, seguindo o fluxo dos produtos.
Para a identificação dos principais setores participantes do “eixo-central” da cadeia de valor do trigo, foi utilizada a proposta conceitual apresentada por Zylbersztajn (2000). Segundo esse autor, os Sistemas Agroindustriais (cadeias de valor agroindustriais) comportam os seguintes elementos fundamentais para a sua análise descritiva: os agentes, as relações entre eles, os setores, as organizações de apoio e o ambiente institucional. Tais elementos estão esquematizados na figura 1.
Figura 1 – Sistema de Agribusiness e Transações típicas
No SAG do Trigo o Setor de Insumos é composto pelas seguintes indústrias: Sementes,
Defensivos Agrícolas, Máquinas e Implementos Agrícolas, Fertilizantes e Corretivos.
Enquanto as Indústrias de Defensivos e Máquinas Agrícolas são compostas por poucas e grandes empresas multinacionais (Bayer, Basf, DuPont, Monsanto, Syngenta, AGCO, John
Deere, Valtra, entre outras), os Setores de Sementes, Fertilizantes e Corretivos são compostos por inúmeras empresas, sendo a maioria de pequeno porte. O segundo nível do SAG é composto pelo conjunto de produtores rurais. Estes triticultores estão distribuídos por várias regiões do País, no entanto mais de 90% da produção ocorre na Região Sul do Brasil, principalmente nos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. O terceiro nível do