Cadeia de valores
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INTRODUÇÃO
Inúmeras são as organizações brasileiras que vêm, especialmente ao longo desta década, enunciando missões, visões, credos, princípios, valores, etc. como resultado de uma etapa inicial de seus processos de implantação de sistemas de gestão da qualidade. Entretanto, o impacto positivo e a real importância que tais elementos têm no sucesso de uma organização não é compreendido pela maioria. Muitas percebem apenas o cunho “ideológico” destes elementos, não entendendo o seu reflexo nas sucessivas tomadas de decisão, em todos os níveis, no dia-a-dia de uma organização. Além de poucas compreenderem sua importância, menor ainda é o número de organizações que incorpora tais elementos às suas práticas diárias, assumindo-os como instrumentos orientadores e balizadores das condições de contorno da prática empresarial. Este artigo não tem a pretensão de responder o que deve ser feito em relação a esta questão, pois sua complexidade exige observação e análise mais apuradas das práticas atuais para que, somente então, possa-se prover algumas recomendações. Entretanto, visto que a própria base conceitual não é homogênea, este artigo aborda dois elementos
fundamentais, missão e visão, que por vezes são mal compreendidos e mesmo tomados como sinônimos, trazendo orientações para sua concepção. Apesar de superficiais, esclarecem a diferença entre estes dois elementos, servindo como um primeiro passo na compreensão de seu impacto e sua importância. Visão é um destino específico, uma imagem de um futuro desejado. [...] [Missão] é abstrata. [...] [Missão] é “avançar a capacidade do homem para explorar os céus”. Visão é “um homem na lua ao final dos anos 60”. (SENGE, 1990, p. 149)
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MISSÃO
A missão de uma organização representa a razão de sua existência (AT&T, 1992; COLLINS & HUGE, 1993; JOHNSTON & DANIEL, 1993; SENGE et al., 1994; HUNGER & WHEELEN, 1995; BABICH, 1996; COLLINS & PORRAS,