Cad ncias
Cadências
Na língua falada as inflexões ou pontuações devem estar localizadas em fins de frases e o mesmo ocorre no idioma musical. A inflexão ao fim da frase melódica é reforçada pelo seu acompanhamento harmônico chamado cadência. A grande responsável pelo som das cadências, sua inflexão conclusiva ou suspensiva, é a combinação das funções harmônicas. Apresentamos a seguir a seis cadências mais usadas.
1- Cadência autêntica ou cadência perfeita: é a mais importante de todas, o “ponto parágrafo” (ou “final”) musical. É constituída pelos principais representantes das funções dominante e tônica, V e I, em estado fundamental.
Poderíamos esquematiza-la da seguinte maneira: D – T V – I
(em graus harmônicos)
A cadência autêntica é empregada nos finais das peças ou na conclusão de seções internas (a primeira parte de uma canção, por exemplo). Por ser mais forte pontuação, deve ser utilizada na economia e nos momentos mais adequados, evitando-se a banalização, a monotonia e o esvaziamento de seu efeito no momento em que se torna realmente necessária. Existem maneiras de atenuar um pouco sua força e, assim, possibilitar seu uso como um simples “ponto” ou “ponto vírgula”. Uma delas é apresentar ambos os acordes que compõe a cadência em inversão, a mudança é sutil. Outra solução mais eficácia é a transformação da cadência autêntica em outro tipo: a cadência interrompida.
Variantes da cadência autêntica:
a) VII – I: tecnicamente, esta variação mantém as funções, porém não é tão determinante para conclusões com a “versão oficial”, pois, apesar de contar com o trítono no acorde de função dominante (o VII grau), o movimento de fundamentais na resolução da cadência deixa de ser de quarta justa ascendente para torna-se de segunda ascendente. Assim, não deve ser usada para substituir uma cadência autêntica “real”, mas é uma boa opção para momentos em que o desejado é a pontuação mais leve (para evitar a monotonia cadencial);
b) SD – D – T: trata-se de uma versão mais