Cabos

CABOS O registro do uso de cabos aparece nas primeiras cordas de cipó entrançadas utilizadas para suspender pontes na antiguidade. Observa-se o uso de cabos também para erguer grandes tendas, feitas de fibras naturais e pele de animais, usadas como habitação temporária dos nômades. A mais antiga estrutura retesada marca a data entre 72 e 80 d.C., que cobria o Coliseu de Roma. As pontes, mais especificamente as pênseis, foram fundamentos tecnológicos para o desenvolvimento dos cabos. As primeiras pontes suspensas com cabos de aço surgem mais ou menos entre 1930 e 40 através de estudos mais específicos e científicos, e já as primeiras obras de coberturas com elementos tensionados aparecem por volta da década de 1950, sendo que Frei Otto é um dos primeiros a desenvolver soluções para coberturas de grandes vãos com cabos de aço tensionados.
Os cabos são elementos lineares e flexíveis, devido às pequenas dimensões transversais em relação ao seu comprimento. São formados geralmente por uma cordoalha de aço ou corrente metálica, e capazes de resistir a carregamentos externos desenvolvendo somente esforços axiais de tração. Os cabos oferecem resistência nula a qualquer esforço de compressão ou flexão. Pela elevada resistência a tração, os cabos de aço são ideais para cobrir grandes vãos. Funcionam também como elementos construtivos de sistemas planos (pontes suspensas e treliças de cabo) ou sistemas espaciais (redes de cabo).
As redes de cabo possuem comportamento semelhante a estruturas de membranas, sendo que os tecidos de membranas podem ser entendidos como uma rede de cabos de malha muito fina.
Em geral, apesar de ser um elemento básico e simples, os cabos possuem um comportamento estrutural complexo, exigindo um excelente embasamento para o estudo e cálculo de seus esforços.
Os cabos são considerados sistemas estruturais de forma ativa. É uma estrutura flexível com alta resistência a tração. Exemplos de sistemas estruturais de forma ativa: cabo de