Cabo da boa esperança
A logística é parte integrante, senão a principal variável de eficiência para o comércio exterior. Tempo, prazo de entrega, assistência técnica e pronta-entrega são itens importantes da variável. Devemos entender a logística, não somente como transporte, mas, sim, desde a comunicação até a entrega do produto ao cliente.
No entanto, o quesito transporte é fundamental para o melhor desempenho da logística, ainda mais em um país como o Brasil, líder natural de um continente inteiro e dono de um potencial incalculável em termos de produção. Porém, aqui a situação das estradas de rodagem e ferrovias é muito precária, dificultando a chegada das exportações até portos e aeroportos. Infelizmente, o modelo brasileiro privilegiou as rodovias, em função da política nacional para incentivar as empresas automobilísticas. Com a privatização, houve uma certa melhoria das estradas, mas o custo de pedágio muitas vezes inviabiliza, por exemplo, a competitividade do setor agrícola para o mercado externo. Logo um dos setores de maior poderio na competição com outras nações. Diz-se inclusive, que o preço de um produto agrícola na porteira da fazenda é competitivo, mas o FOB e o CFR não são tão competitivos, em virtude dos custos de transporte interno e internacional serem caros.
Quanto às ferrovias, um país tão grande em dimensões deveria ter desenvolvido ferrovias no sentido Norte-Sul para ser competitivo. Espera-se que, com as privatizações realizadas no setor ferroviário, haja condições de melhorar o transporte em termos de qualidade e custos para se chegar aos portos.
Outra dificuldade para o comércio exterior é a precariedade no transporte marítimo, tanto interno quanto externo. Infelizmente, o Brasil não é rota principal do comércio exterior dentro deste modal. Os serviços portuários são ineficientes, dificultando as rotas dos navios. Não há marinha mercante nacional desenvolvida, apesar de existir uma política