Cabanagem

24 de Agosto de 1840
Diário do Rio de Janeiro

Ontem,a revolta na província do Grão-Pará com participação de cabanos e da elite foi oficialmente terminada através da força das tropas mercenárias europeias contratadas pelo governo brasileiro,que começou á cinco anos atrás.

Entrevistamos um soldado das tropas militares que combateram os cabanos por ordens de Francisco José de Andréa.A informação do fim da revolta foi anunciada por ele“E se não estão todos mortos,estão se escondendo e já não são mais uma ameaça à pátria brasileira!”

Em se tratando das vítimas,o combatente alega que não foram apenas soldados e revoltados“Houve também índios que foram tratados como hostis,e é claro,muitos inocentes confundidos com o inimigo”.Quando perguntamos sobre o que achava das reividincações dos revoltados,disse que eram razoáveis,porém eram violentos e queriam guerra“Eles queriam chamar atenção,mas só conseguiram muitas mortes.”

A História

Após a independência do Brasil,a província do Grão-Pará focou em lutar contra as forças portuguesas que tentavam manter aquela região uma colônia.Nesta luta,destacou-se João Batista Gonçalves Campos,os irmãos Vinagre, e Félix
Clemente Malcher .Depois da guerra ter acabado,o governo provincial foi instalado,porém a elite fazendeira estava descontente com a sua falta de participação das escolhas políticas da província.O presidente da província Bernardo Lobo de

Sousa criou uma política repressora para previnir um possível revolta.

A indignação da população aumentou quando João Batista,após publicar uma carta do bispo Romualdo de Sousa criticando políticos da província,foi perseguido por não estar autorizada para publica- la.Batista se refugiou na fazenda de Félix Clemente.

Junto com os irmãos Vinagre e o jornalista Eduardo Argelim,Batista reuniu rebeldes e saiu da fazenda antes que as tropas do império chegassem a ele,porem Manuel Vinagre foi morto pelas tropas,