CA Mama
Etiologia e Patogênese
Evidências genéticas, epidemiológicas e laboratoriais sugerem que o desenvolvimento do câncer de mama é um processo estocástico onde uma série de modificações genéticas se acumulam e interagem dinamicamente para resultar na carcinogênese. Histologicamente o processo se traduz em mudanças do epitélio normal do ducto mamário, levando à hiperplasia e displasia, cujas formas mais graves são indistinguíveis do carcinoma in situ (localizado).
Estrógenos endógeno
Estudos sobre menopausa artificial, onde há ablação ovariana cirúrgica, foram os primeiros a mostrar que a incidência de câncer de mama pode ser reduzida em até 75%, dependendo da paridade, peso e idade quando da castração cirúrgica, com efeito maior em mulheres jovens, magras, e nulíparas. A remoção de um dos ovários também reduzia a incidência de câncer de mama, em uma menor proporção.
Outras situações associadas com alterações hormonais também influenciam o risco de câncer de mama. A gravidez está associada a um risco aumentado no puerpério e primeiro ano após o parto e a uma redução no risco a longo prazo, particularmente quando é maior o tempo de amamentação. O grau de redução do risco é relacionado inversamente à idade da primeira gravidez, sendo mínimo o efeito protetor quando a gravidez se dá após os 35 anos. A idade da menarca é inversamente relacionada ao risco de câncer de mama: mulheres com menarca até os 11 anos de idade apresentam um risco 20% maior que mulheres com menarca aos 14 anos ou mais de idade. Os efeitos destes fatores de risco reprodutivos (idade da menopausa, primeira gravidez e menarca) não são importantes para mulheres com antecedentes de câncer de mama na família, onde a predisposição genética desempenha um papel mais relevante.
Mutações Genéticas
Até 5% dos casos de câncer de mama estão associados a expressão de genes aberrantes específicos.
Radiação ionizante
Exposição da mama à radiação ionizante está associada a