Bárbaros e Romanos
Pequeno resumo sobre o capitulo 3 do livre "O mito das nações: a invenção do nacionalismo" sobre os romanos e os povos bárbaros.
Império Romano e os povos Bárbaros
Texto: GEARY, Patrick J. Bárbaros e outros Romanos. In: O mito das nações: a invenção do nacionalismo. [tradução Fabio Pinto]. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2005. 81-112.
Os romanos
“Os romanos adoravam comparar seu mundo ao dos bárbaros.”
A expressão: “bárbaros” foi criada pelos romanos para nomear os povos que não habitavam na região do império e falavam línguas diferentes do latim (língua oficial de Roma). Os romanos o faziam como forma de comparação os colocando em categorias e os diferenciavam por maneira de falar, de vestir, e os instrumentos e costumes de cada povo. Nem os próprios bárbaros os consideravam assim diferentes, e as características atribuídas a eles pelos romanos nem era essencialmente próprias deles.
“... a qualidade de romano era uma categoria constitucional, e não étnica. Já a qualidade de bárbaro era uma categoria inventada, projetada em uma variedade de povos com todos os preconceitos e pressuposições de séculos de etnografia clássica e imperialismo... Apesar da ênfase que os romanos davam a estas categorias uma necessariamente não excluía a outra.”
Não existia um nacionalismo formado, mas sim uma realidade constitucional, onde ser cidadão romano era um titulo que ainda os bárbaros poderiam receber. A diferença e o preconceito não era étnico, mas sim legal, constitucional.
“Os habitantes do Império se identificavam mais pela classe social, pela profissão ou pela cidade em que viviam do que pela nacionalidade ou etnia”
Não havia sentimento nacionalista, talvez sim um sentimento mais parecido com isto no que dizia respeito à cidade (Civita), mas não quanto ao país.
“Certamente, a partir do inicio do século III, a cidadania não era mais tão importante... como cidadão romanos todos teriam que pagar impostos.”
O imperador Caracala