butler gender truble
1338 palavras
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Judith Butler, leitora de Simone de Beauvoir.1. Beauvoir. Ponto de partida epistemológico.
O Segundo Sexo como resposta existencialista ao mundo androcêntrico
“Se a função de fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusamos também explica-la pelo ‘eterno feminino” e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na terra, teremos que formular a pergunta: que é uma mulher?” (Beauvoir, 1990, p.9)
1.1. A pergunta seria uma formulação essencialista?
1.2. Sugere a recusa ou a simples problematização da impossibilidade de um homem escrever algo sobre a situação singular que ocupam os machos na humanidade”;
1.3. A necessidade de declarar: “ se quero definir-me, sou obrigada inicialmente a declarar: ‘sou uma mulher’.
1.4. Essa é uma verdade constitutiva do “fundo sobre o qual se ergue qualquer outra afirmação”.
1.5. Não necessitam os homens a se apresentarem como indivíduos dotados de um específico sexo. Ser homem é ser natural
“A relação dos dois sexos não é a de duas eletricidades, de dois pólos. O Homem representa a um tempo o positivo e o neutro, a ponto de dizermos ‘os homens’ para designar os seres humanos, tendo-se assimilado ao sentido singular do vocábulo vir o sentido geral da palavra homo. A mulher aparece como o negativo, de modo que tuda determinação lhe é imputado como limitação, sem reciprocidade.” (Beauvoir, 1980, p.9)
1.6. Qual a interdependência entre os sexos?
“A mulher determina-se e diferencia-se em relação ao homem e não este em relação a ela; a fêmea é o inessencial perante o essencial. O homem é o Sujeito, o Absoluto; ela é o Outro “
1.7.Nessa dualidade histórica, como ficam homens e mulheres perante a natureza e a cultura?
1.8. Por que as mulheres não dizem ‘Nós”? Porque não têm os meios concretos de se reunir em uma unidade que se afirmaria em se opondo? Não têm passado, não têm história, nem religião própria Vivem dispersas entre os homens, ligadas pelo habitat, pelos interesses econômicos, pela