Bussola
Perder-se, hoje, é mais difícil que encontrar o caminho, tal o grande número de mapas e guias que apresentam os mais diferentes roteiros a seguir para chegar a qualquer cidade da Terra, por menor ou mais distante que ela seja.
Nos céus ou no mar, por outro lado, o radar, o rádio e outros instrumentos evitam que mesmo o piloto mais inábil se desvie da rota. Orientar-se pode vir a ser um problema só em algumas regiões desabitadas, como as florestas e desertos.
Desde o início da civilização, quando os contatos e os deslocamentos humanos se tornaram mais freqüentes, os homens viram-se às voltas com problemas de orientação, ou seja de como saber qual a direção a seguir para chegar a uma cidade, a um porto ou a qualquer outro local para onde bem entendessem ir.
Naqueles primeiros tempos, os meios para resolver esse importantíssimo problema eram certamente muito escassos: limitavam-se, na prática, a um bom senso de observação, que permitisse distinguir e reconhecer os principais pontos de referência em terra e no mar, como montanhas, rios vales, enseadas, ilhas ou promontórios. Mas isso não bastava para uma orientação segura.
O Sol e as Estrelas
Essa maneira de orientar-se durante uma viagem apresentava enormes limitações: não permitia, por exemplo, que se atravessasse um território desconhecido, e mesmo a mais familiar estrada tornava-se completamente estranha quando coberta de neve. Essas contingências, relativamente previsíveis e freqüentes, levaram à busca de novos meios de orientação que fossem mais seguros e se aplicassem a qualquer lugar. Uma primeira solução nasceu do estudo do Sol e das estrelas, que despertavam a curiosidade dos astrônomos já nos tempos da civilização assírio-babilônica - ou seja, milhares de anos do nascimento de Cristo.
A partir desse estudo, os homens puderam identificar com exatidão os quatro pontos cardeais - norte, sul, leste e oeste - elementos básicos de qualquer método de orientação.