Buscando seus direitos
No início do ano de 2013, o mundo assistiu a pequenos países do Oriente Médio e do norte da África clamarem por mudanças em governos há muito tempo estagnados na ditadura. Esses pedidos vieram em forma de manifestações, que se espalharam como pólvora, causando a morte de muitas pessoas, mas também algumas vitórias e novos recomeços para estas regiões.
O estopim ocorreu no fim de 2010, na Tunísia, quando um vendedor ambulante ateou fogo ao próprio corpo, após ser proibido de vender suas frutas e legumes. A população, que sofre com o alto custo de vida, gerado pela inflação e com o desemprego, motivos que, aliados, resultam na pobreza, explodiu em revolta contra o então governante Zine el Abidin Ben Ali, que já estava há 23 anos no poder. Após reagir com violência aos protestos, Ben Ali renunciou e esta foi a primeira vitória significativa de uma população que pedia por democracia.
Seguindo o exemplo, o Egito foi o próximo a se revoltar contra o excesso de poder de Hosni Mubarak. Pobreza e repressão política foram motivos para que a população se reunisse e pedisse pela saída de Mubarak do poder. Após sua renúncia e o Exército assumir provisoriamente, muitos trabalhadores entraram em greve por melhores salários.
Esses dois países se tornaram exemplos para outros da região, como Líbia e Bahrein, que ainda lutam pela democracia. Com a ajuda das redes sociais, uma nova arma na luta contra a ditadura e repressão à liberdade de expressão, como os cortes de serviços de telefonia e internet, os manifestantes puderam rapidamente espalhar a mensagem de pedidos de mudanças, pelo fim da pobreza, dos problemas econômicos que estes países enfrentam, pela queda de famílias que há muito tempo estão no poder.
É notório que as mudanças definitivas só virão a longo prazo, com melhorias nos sistemas econômicos e políticos e com ajuda a estes países e a suas populações. Mas o primeiro passo, que é entender seus direitos como cidadãos e