Burocracia - burocratismo
O sistema burocrático foi desenvolvido para resolver problemas de organizações políticas e militares no antigo Egito, Roma Imperial e China; posteriormente, estendeu-se às demais organizações. Até que, com a industrialização e o início do capitalismo, adentrou nas industrias possibilitando a ordenação das empresas com a divisão de tarefas, poderes e funções, através da metodologia de Taylor, tornando a mão-de-obra cada vez mais qualificada e específica. Tal sistema foi e continua sendo útil a qualquer estrutura orgânica, pela eficiência que dá. Como se organizaria uma empresa em seus departamentos? O poder ficaria distribuído em iguais condições ? Teria um funcionário seus direitos assegurados e deveres exigidos? Aliás, será que ele teria direitos e deveres? Quem ficaria a cargo das vendas? E da produção ? Essas são apenas algumas características pertinentes ao sistema burocrático, pois podem diferir de uma organização para outra. No entanto, Ely Chinoy destaca algumas características, baseando-se nos estudos de Weber, como sendo essenciais ao “tipo ideal” de estrutura burocrática, que são: “Posições ou cargos cuidadosamente definidos; uma ordem hierárquica com limites nítidos de autoridade e responsabilidade; seleção do pessoal estribada nas qualificações técnicas ou profissionais; regras e regulamentos que governam a ação oficial; estabilidade e possibilidade de carreira por promoção na hierarquia”. Infelizmente, ao mesmo tempo em que a Burocracia possibilita o bom funcionamento de qualquer sistema, dá espaço ao Burocratismo, nome atual das disfunções ou irracionalidades desse sistema, que se caracteriza pelo uso excessivo da Burocracia. A maioria das pessoas não se dá conta desse excesso e por isso permite que o burocratismo domine sua organização.Essa disfunção burocrática vem trazendo às instituições grandes problemas, que comprometem seu funcionamento e seus laços psicológicos, gerando um