Burnout
A diversificação dos horários de trabalho estabelece uma das mudanças mais significativas que aconteceram nas últimas décadas do ponto de vista ocupacional. Entre os variados e possíveis horários de trabalho existentes, surge a necessidade de implementar o trabalho por turnos. No entanto, esta nova organização do horário de trabalho, tem sido associada a diversos efeitos indesejáveis quer para os trabalhadores, onde se tem verificado problemas do ponto de vista fisiológico, psicológico e social quer ao nível organizacional (ex., produtividade e segurança), especialmente no que concerne ao trabalho nocturno.
Palavras-chave: Trabalho por turnos, horários de trabalho, fadiga, ritmos circadianos
Definição do conceito:
A literatura caracteriza o estado de fadiga como algo difícil de descrever por ter como base descrições de experiências vivenciais. São tantos e tão variados os relatos sintomáticos que não permite que haja uma só definição devido á complexidade do próprio conceito. De qualquer forma, entende-se por fadiga, um estado que condiciona a obtenção de bons resultados em qualquer actividade e que se caracteriza por uma diminuição das capacidades perceptivas, cognitivas e motoras. Pode ser aguda, quando há descrição de extremo cansaço seja físico ou mental/psicológico e que melhora com o repouso após um período de descanso; ou crónica, quando o repouso não é suficiente para eliminar a fadiga. (Ahsberg, 1998). Existem vários tipos de fadiga. No entanto, o nosso estudo assenta na fadiga ocupacional. Apesar de ser reconhecida como uma das grandes problemáticas a nível organizacional, esta é ainda uma área pouco explorada a nível empírico. Assim, a fadiga ocupacional aparece mencionada na literatura como estando associado a factores como: decréscimo no desempenho, o número de horas de trabalho e resultados dos horários de trabalho. Esta é experienciada pelo trabalhador sob dois aspectos: fadiga física