Burnout entre enfermeiros: uma revisão da literatura
Reis Elisa AA[1]
Resumo: O processo de cuidado é o eixo central do trabalho da Enfermagem, é um processo complexo e contínuo que não pode ser adiado ou interrompido. A equipe de enfermagem hospitalar permanece na unidade de internação 24 horas, 7 dias por semana junto ao cliente e sua família em muitas situações, algumas extraordinariamente desgastantes. A síndrome de burnout e seus impactos sobre o trabalho dos enfermeiros têm sido estudados mundialmente. Objetivo: Este estudo tem o objetivo realizar um levantamento bibliográfico da síndrome de burnout entre os enfermeiros e estimular estudos futuros que aprofundem o tema. Método: Selecionados artigos indexados na BIREME/OPAS/OMS - Biblioteca Virtual em Saúde (1993 – 2005), nos idiomas Inglês, Português e Espanhol. Palavras chaves: “burnout”, “nurses”, “estafa profissional”, “enfermeiros”. Resultados: Obtidos 15 artigos sobre o assunto, a grande maioria elaborada nos EUA e na Europa onde existe grande interesse, não só por parte da comunidade científica, mas, pelas entidades governamentais, empresariais e sindicais.1 No Brasil existem poucos estudos que descrevem esta síndrome entre os enfermeiros. Segundo Linda Aiken que avaliou enfermeiros hospitalares em cinco paises, 40% apresentam níveis de Burnout acima das normas estabelecidas para trabalhadores em saúde.2 Em outro trabalho observou que cada paciente a mais, colocado sob os cuidados dos mesmos aumenta 23% a exaustão e 15% a insatisfação profissional com seu trabalho.3 As conseqüências mais marcantes de burnout entre os enfermeiros, encontradas nesta revisão, apontam o alto índice de absenteísmo, insatisfação profissional crescente e baixa da qualidade dos cuidados prestados ao paciente. Considerações finais: Verificamos assim, que devido à natureza de seu trabalho, a enfermagem, que foi classificada pela Health Education Authority2 como a 4ª profissão mais estressante, é uma profissão vulnerável ao