burgueses e proletarios
O embate entre burgueses e proletários na sociedade capitalista é também a luta entre os donos dos meios de produção contra a grande massa de pessoas despossuídas destes elementos. É também a luta do homem livre por sua condição intimamente econômica contra o homem transformado em escravo, que quer se tornar livre. Em oposição constante, burguesia e proletariado tem relações frágeis e tensas, advindas do modelo empregado para a exploração e alienação pela burguesia ao proletariado, que fomenta as lutas por garantias e melhorias salariais e de melhores condições laborais e de vida. Historicamente, grupos humanos que detém o poder econômico e político sempre exploraram os despossuídos destes elementos (Patrícios na Roma antiga, senhores feudais no feudalismo) e a burguesia é representante desta nefasta tradição. A descoberta de novos continentes foi salutar a consolidação desta nova classe, pois fomentou o incremento do comércio e a transformação de fato da classe burguesa e a dissolução gradual da sociedade feudal. A própria estruturação da burguesia é resultado da mundialização do mercado, pois as relações comerciais multiplicaram-se e tornaram os ganhos burgueses maiores, eliminando progressivamente as atividades provenientes das sociedades da idade média. O papel revolucionário da burguesia é real, pois solapou as relações feudais e patriarcais e deixou irromper o burocratismo objetivo nas relações: fez da dignidade pessoal uma simples moeda de troca e das liberdades individuais algo menor e substituiu pela liberdade de compra e venda. E, pasmem, é com a condição de revolucionar os instrumentos de produção e as relações de produção que a burguesia pode existir, transformando também as relações sociais. Porém a classe burguesa não altera a lógica de exploração, pelo contrário acentua e problematiza os conflitos depois da Revolução Industrial. A criação de um modelo de vida burguês vendido em escala mundial angariou