Buracos no asfalto: prevenir ou consertar automaticamente
Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, avaliaram uma nova técnica que consegue prever o desgaste do asfalto em rodovias.
"Esse método foi usado como ferramenta de teste da previsão do desempenho do pavimento. Os resultados obtidos a partir do uso dos modelos foram muito próximos dos dados do desgaste real que tinha acontecido, ou seja, os modelos desenvolvidos foram capazes de caracterizar adequadamente o tráfego da região estudada", afirma Heliana Barbosa Fontenele.
O trabalho faz parte de uma avaliação da modelagem desenvolvida pela American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO), a associação rodoviária dos Estados Unidos.
O programa analisa dados relacionados ao tráfego na rodovia, avaliando, por exemplo, os tipos de veículos que circulam, o peso e a quantidade de eixos de cada um, além do clima local e dos materiais usados na pavimentação.
Até agora, no Brasil, só se utilizam métodos empíricos, que não conseguem oferecer previsões razoáveis do desgaste, já que não se consegue levar em conta as variáveis específicas de cada lugar, como clima, materiais, tipo de tráfego, frequência da passagem dos veículos, etc.
Simulação do desgaste das rodovias
Um ponto crucial na modelagem foi a obtenção de dados precisos sobre o peso de cada eixo dos veículos, sobretudo dos caminhões.
Como poucas estradas brasileiras têm equipamento de pesagem em funcionamento, os pesquisadores estão trabalhando para gerar modelos estatísticos que representem a distribuição do tráfego por região.
Os modelos gerados podem ser usados posteriormente para identificar previamente os problemas das rodovias.
"Depois de gerar os modelos de acordo com a frequência do desgaste, usamos o método da AASHTO, que foi disponibilizado na internet. Esse programa gera as curvas de desempenho do pavimento para cada tipo de deterioração", conta Heliana.
O resultado é uma curva da evolução da deterioração do