Bulling
Bullying: mentes perigosas nas escolas, de Ana Beatriz Barbosa Silva
Ana Carina Stelko-Pereira
Paolla Magioni Santini
Lúcia Cavalcanti de Albuquerque Williams
Universidade Federal de São Carlos, São Carlos – SP – Brasil
O termo bullying é amplamente utilizado para designar situações de violência recor‑ rentes entre pares, em desigual posição de poder, devido a condições físicas, popularida‑ de, entre outros fatores. No Brasil, as estimativas sobre a quantidade de alunos envolvidos em situações de bullying apontam o seguinte: de 10% a 26% são vítimas; de 3% a 12%, autores; e de 10% a 21%, vítimas‑autores (CENTRO DE EMPREENDENDORISMO SOCIAL E
ADMINISTRAÇÃO EM TERCEIRO SETOR, 2010; LOPES NETO; SAAVEDRA, 2003; PINHEIRO;
WILLIAMS, 2009). As causas da variação de prevalência entre os estudos merecem análises pormenorizadas em outra investigação, porém os índices demonstraram que o bullying é um fenômeno comum nas escolas, com expressivo destaque nos meios de comunicação.
Além disso, há uma vasta literatura sobre o tema destinada ao público brasileiro, como:
Bullying: estratégias de sobrevivência para crianças e adultos, de Middelton‑Moz e Za‑ wadski (2007); Violência na escola: um guia para pais e professores, de Ruotti, Alves e
Cubas (2006); Proteja seu filho do bullying, de Beane (2010); A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying; e Bullying e cyberbullying: o que fazemos com o que fazem conosco, de Maldonado (2009 e 2011, respectivamente).
Com essa perspectiva, busca‑se analisar criticamente o conteúdo do livro Bullying: mentes perigosas nas escolas, escrito pela médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva
(2010), uma vez que traz à tona um tema importante a ser discutido e está atualmente em diversos setores da mídia, tendo atingido número de vendas superior a 400 mil exem‑ plares – conforme apontado pela própria editora.
O livro faz uma contribuição importante ao afirmar que o bullying é “um problema de saúde pública e, por isso