BUFONIDAE: O GÊNERO RHINELLA
Dentre a Classe dos Anfíbios, a Ordem Anura é a mais popular, sendo facilmente reconhecida por sua morfologia peculiar.
Essa popularidade se deve, principalmente, à família Bufonidae, que possui uma ampla distribuição geográfica e se adapta facilmente a ambientes antropizados e são famosos pela confusão que geram ao entrar em contato com seres humanos.
Os indivíduos pertencentes a essa família são conhecidos popularmente como Sapo – Cururu, do Tupi “Kuru’ru” que significa sapo grande, possuindo representantes de vários tamanhos, como o pequenino Amazophrinella minuta, que mede em torno de 14 mm, e o gigantesco Rhinella marina, que chega a medir cerca de 250mm.
Dentre os Bufonideos, o gênero Rhinella é o mais popular. Esses indivíduos são caracterizados por possuir as glândulas Parotóides, que são glândulas granulares acumuladas estrategicamente dorso-lateralmente na região pós-orbital, possuem um tegumento tuberculoso, grosso, que possui inúmeras funções, dentre elas destacando a proteção física, transporte de íons e agua, respiração e controle térmico.
Segundo Elkan (1968), alguns indivíduos apresentam em seu tegumento uma camada calcificada que participa, juntamente com os outros itens listados, da proteção do animal.
Sua respiração, como em quase todos os anfíbios, é cutânea e pulmonar, raramente encontramos indivíduos com respiração branquial, a não ser em estágio larval.
Analisando a evolução dos táxons, percebemos claramente de que se trata de um grupo monofilético, possuindo algumas sinapomorfias, como o órgão de Bidder, exclusivo do grupo, que são ovários rudimentares presentes em machos e são utilizados na inversão sexual (Fontana, 2012.; Frost et al, 2006; Pramuk, 2066).
Quanto à sua ecologia, destaca-se uma característica importantíssima para a sobrevivência do grupo, a defesa. Participam da defesa um verdadeiro arsenal químico, que os protege de microrganismos e predadores. As glândulas parotóides