Budismo E Meio Ambiente
A relação entre a Religião e o Ambiente deve ser explorada, uma vez que, o homem usa todos os recursos que a natureza lhe oferece, no entanto, com ela nada compartilha, esquecendo a interdependência existente De acordo com Dalai Lama (2000) “Se nós explorarmos o meio ambiente de maneira extrema, hoje nós podemos ganhar algum benefício, mas em longo prazo nós sofreremos e outras gerações sofrerão. Assim quando o meio ambiente muda, as circunstâncias climáticas também mudam. Quando a mudança é dramática, estruturas econômicas e muitas outras coisas também mudam, até mesmo nosso corpo físico. Portanto, desse ponto de vista, esta não é somente uma questão de sobrevivência individual”. O Budismo acredita que a nossa natureza íntima e pessoal é também composta de tudo o que é comum a todos os seres sencientes. E que essa relação estabelecida com a natureza é um reflexo da relação com o próximo.
A preocupação maior do Budismo é reconhecer que existe sofrimento no mundo, e tentar descobrir a causa para se libertar dele. Sua doutrina afirma que o ser humano pode alcançar a “natureza do Buda” somente através da realidade e do autoconhecimento. Buda teve em mente que o ser humano só conseguiria seu ponto de nirvana estando longe dos desejos e ambições, por isso, deveria estar em paz consigo mesmo e conscientizado que o ambiente também precisava se encontrar nesse estado. Compreendendo os ensinamentos do Buda, é possível entender a sua formação sendo como um processo, em que a iluminação é formada a partir de circunstâncias especiais. Assim, tais circunstâncias foram amplamente favorecidas pela proximidade com a natureza.
Segundo os ensinamentos budistas é proibido ferir ou matar qualquer ser que povoa o mundo e que possui capacidade de sentir. As plantas, por sua vez, proporcionam um ambiente de produto das possibilidades espirituais dos seres. Sendo assim, a preservação da natureza é considerada como um serviço prestado para com os seres