Btex
A indústria do petróleo é um importante segmento industrial do mundo, mas também responsável por consideráveis impactos ambientais causados por vazamentos e derrames, por exemplo. Dentre os compostos que compõe o petróleo e seus derivados estão os hidrocarbonetos monoaromáticos benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos (BTEX). O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o uso de reatores biológicos mesofílicos, sob condições anaeróbias e microaeróbias, como opção de biorremediação ex situ de águas contaminadas com BTEX, além de avaliar e comparar o desempenho de remoção de BTEX em reator biológico submetido a altas e baixas concentrações de co-substrato (etanol) sob condições anaeróbias e microaeróbias. O experimento em fluxo contínuo foi feito em reator anaeróbio de manta de lodo de fluxo ascendente e o reator foi alimentado com água contaminada com BTEX (~3 mg . L-1 ) e etanol (co-substrato). O experimento foi dividido em 04 etapas. Na etapa I, alta concentração de etanol (0,76 g . L-1 ), eficiência média de remoção de BTEX 80%; etapa II etanol 0,11 (g . L-1 ), eficiência 85,9%; etapa III etanol 0,11 (g . L-1 ) + microaeração, eficiência 93,8% e etapa IV, etanol 0,96 (g . L-1 ) + microaeração, eficiência 88,2%. A adição de baixas concentrações de oxigênio garantiu elevadas eficiências de remoção para todos os compostos e altas concentrações de etanol afetaram negativamente a remoção de BTEX, em condições anaeróbias e microaeróbias. Os autores agradecem ao CNPQ pelo apoio financeiro, assim como à CAPES e à FUNCAP pela concessão da bolsa de doutorado.
Palavras-chave: BTEX; tratamento anaeróbio, tratamento microaeróbio.