bruxas figuras do poder
UMA ANÁLISE DA INDEPENDÊNCIA DA MULHER ATRAVÉS DOS SERIADOS
DA TV
Bruno César Ferreira Vieira (UERJ – CNPq)
Sempre rondou em minha mente as seguintes questões sobre bruxas: Por que as bruxas de Salem permitiram ser executadas? Porque elas simplesmente não pegaram suas vassouras e voaram para escapar de seus algozes? O que eu não sabia até então é que a bruxaria, na verdade, estava além de poções e encantamentos, ela era em essência um movimento para as mulheres obterem seus conhecimentos.
A fim de analisar a luta das mulheres pela liberdade, decidi valer-me de três elementos que envolvem bruxaria: A caça as bruxas que realmente consta na História do mundo real; o seriado de tv “A feiticeira” da década de 60; e o atual seriado também sobre bruxas “Charmed”.
A maioria das idéias que temos em torno da figura da bruxa foram produzidas no passado e estão repletas de preconceitos e estereótipos, por isso quando pedimos para alguém imaginar um bruxa há uma grande probabilidade de que a figura imaginada seja, primeiramente, de uma mulher, velha, cansada, solteira, de cabelos brancos, com uma verruga no nariz e possuidora de uma risada assombrosa. Essa representação da figura da bruxa que imaginamos pode ser confirmada ao buscarmos uma definição do termo “bruxa” em dicionários, logo pode-se perceber a direta associação com uma figura maléfica, feia e perigosa. Neste sentido, também os livros infanto-juvenis costumam descrever histórias onde existe uma fada boa e bela, por vezes loira, e uma bruxa má e feia.
Os instrumentos utilizados pelas bruxas eram: o átame, varinha mágica, caldeirão, um altar, vassoura, incensos, bola de cristal, etc. A respeito de sua moradia, com certeza imaginaríamos a casa em um lugar escuro e frio, provavelmente iluminada por velas de diferentes cores, com armários cheios de ervas, asas de morcegos, olhos de lagartixa e pó magico. A vida da bruxa foi sempre representada como uma grande bagunça. As