BRUXARIA OR CULOS E MAGIA
Matrícula: 20151060090049
Introdução a Ciências Sociais I
EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. 2005. “A Noção de Bruxaria como Explicação de Infortúnios”. In: Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande – Edição resumida e introdução: Eva Gillies. Rio de Janeiro. Jorge Zahar. (:49-61).
(:49 – 61) - A Noção de Bruxaria como Explicação de Infortúnios
49 – Evans-Pritchard é enfático em afirmar que, bruxacharia como o povo Azande concebe, não existe. “No entanto, tal conceito fornece a eles uma filosofia natural por meio da qual explicam para si mesmos a relações entre os homens e o infortúnio, e um meio rápido e estereotipado de reação aos eventos funestos”.
A bruxaria desempenha um papel em todas as atividades da vida zande, desde as mais simples às mais complexas, do nascimento até à morte, em todas as suas relações culturais, tanto no sucesso quanto no infortúnio. 50 – A bruxaria é tão natural para os Azande, que torna-se o idioma dos infotúnios, através do qual tudo se explica. Faz parte do seu mundo ordinário. Nada de extraordinário em um bruxo, qualquer um pode ser. Suas explicações sobre o infortúnio algo corriqueiro como de um jovem que tropeça em um toco e a ferida infecciona, é muito simples, foi bruxaria.
51 – A cabana quando sendo verificada à noite por um zande com uma tocha na mão alcançca o teto e encendeia, é obra de bruxaria. Um oleiro hábil na profição, de repende um vaso se quebra, obra de bruxaria. Não havia outra explicação.
52 – Eles não pretendiam explicar a existências de fenômenos, por uma causação mística exclusiva. A noção de bruxaria eram as condições particulares, numa cadeia causal, que ligaram de tal forma um indivíduo a acontecimentos naturais que ele sofreu dano. No caso do toco, o rapaz sempre foi cuidadosos com os tocos, mais aquele em especial lhe ferindo e inflamando, não tinha outra explicação a não ser bruxaria. Os fenômenos existem, mas as bruxarias os põem em relação com os eventos de uma maneira que