Bruno
A autora é bastante enfática em sua mensagem ao dizer que enquanto onerosas quantias precisam ser gastas em publicidade, volumosos descontos são feitos na folha de pagamento desses pobres trabalhadores
Diego Andreasi, 6 de junho de 2012
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Em Sem Logo: A Tirania das Marcas em um Planeta Vendido, a jornalista Naomi Klein faz um profundo levantamento sobre as atrocidades cometidas pelas grandes marcas nos últimos anos. Denunciando o excessivo valor que essas empresas gastam para gerar imagem em suas marcas para proporcionar um estilo de vida em seu consumidor, ela expõe toda sua revolta diante da triste realidade enfrentada pelos trabalhadores responsáveis por fabricar esses produtos.
A autora é bastante enfática em sua mensagem ao dizer que enquanto onerosas quantias precisam ser gastas em publicidade, volumosos descontos são feitos na folha de pagamento desses pobres trabalhadores. Um livro que faz qualquer um parar para refletir sobre todo esse consumismo desenfreado do qual a nossa geração está passando.
Nike, Starbucks, Shell, McDonald’s, Wall-Mart e GAP são algumas das marcas mais citadas pela autora. Em uma de suas frases mais marcante, Naomi afirma “...para que as crianças americanas possam colocar roupas cheias de babadinhos em sua boneca favorita da América, é necessário que outras crianças na Indonésia e na China estejam trabalhando praticamente em regime de escravidão...” .
Há uma interessante abordagem no sentido de que para essas empresas não há mais valor em produzir coisas. O valor é agregado pela pesquisa cuidadosa, pela inovação, e pelo marketing, e não pela produção. A produção não é a base de seu império de marca, é, em vez disso, uma tarefa tediosa e marginal e que como tal, deve ser terceirizada.
Essas marcas apenas dizem a esses pobres coitados qual a forma mais barata de fazer essa “porcaria”, pois assim sobra muito dinheiro para o que realmente importa em sua visão, o