Bromeliaceae
História
Conhecidas como karatas pelos nativos das Antilhas, onde foram descobertas, elas foram renomeadas no fim do século XVII pelo explorador e botânico francês Charles Plumier, que chamou-as de bromélias em homenagem ao botânico sueco Olaf Bromel. Desde então, apesar de diferentes estudos científicos serem desenvolvidos por Universidades e Centros de Pesquisa, muitas perguntas e curiosidades sobre a ecologia, fisiologia e história de vida das espécies desta família ainda estão sem respostas.
A família Bromeliaceae apresenta cerca de 3086 espécies, distribuídas em 57 gêneros. É considerada a maior família de monocotiledôneas com distribuição quase exclusivamente Neotropical, ocorrendo desde o Estado da Virginia nos Estados Unidos da América do Norte, passando pelo México, América Central e América do Sul, chegando à região central da Argentina e Chile. Uma única exceção é a espécie Pitcairnia feliciana, encontrada no Golfo da Guiné, costa oeste da África.
As bromélias habitam desde o nível do mar até acima de 4000 metros de altitude (a Alcantarea imperialis, é um exemplo de bromélia rupestre, também conhecida como saxícola, isto é, que fixa-se em pedras ou rochedos), nos mais diversos ecossistemas e habitats, em regiões bastante úmidas, semi-áridas, desérticas e até em temperaturas abaixo de zero. No entanto, as principais áreas de ocorrência estão na América do Sul: os Andes, o Planalto das Guianas e o leste do Brasil.
A floresta Atlântica, a caatinga, os manguezais e as restingas são os locais com a maior diversidade e que possuem as populações mais numerosas. No Cerrado são encontrados aproximadamente 17 gêneros de bromélias, sendo o gênero Dyckia um dos mais abundantes. Dyckia goehringii Gross & Rauh é uma espécie nativa desse bioma, destacando-se pelo seu elevado potencial ornamental, seja pela arquitetura da planta, forma e rigidez da roseta foliar e dos espinhos e, principalmente, pela abundância de tricomas peltados ou escamas