Uma infant formula conceitualmente se apresenta como uma mimetização do leite humano. Os ingredientes contidos devem ser idênticos ou muito similares - não apenas em termos de identidade e qualidade, mas também de quantidade - àqueles todos que estão naturalmente presentes no leite materno. Logo, a fonte de carboidrato deveria ser predominantemente lactose, e a proteína não deveria ser caseína, mas sim lactoalbumina. A infant fórmula em análise é uma fórmula derivada da soja. Estas são indicadas em casos de deficiência primária de lactase, galactosemia, alergia a proteína do leite de vaca, além delactentes de famílias vegetarianas em que não se deseja o consumo de proteína animal. Apresentam composição semelhante às demais fórmulas, exceto pelo carboidrato e proteína. São compostas de proteína de soja refinada e aquecida para melhorar a digestibilidade protéica e a biodisponibilidade mineral. O zinco, magnésio, ferro e cobre apresentam uma absorção menor que a do leite materno e o de fórmulas com leite de vaca, possivelmente relacionado à presença de fitatos. O uso de maltodextrina na formulação é indicativo que a mesma possui maior valor energético e sabor mais adocicado. Estudos recentes não recomendam o uso de fórmulas à base de soja para lactentes com alergias alimentares conhecidas, pelo fato de os que são alérgicos ao leite de vaca têm tendência a também desenvolverem alergia ao leite de soja, podendo a própria soja ser responsável pelo surgimento de novas alergias. A preocupação nestas formulações é baseada na exposição aos fitoestrogênios ou isoflavonas, que é superior à exposição pelo leite materno ou fórmulas baseadas no leite de vaca, com impactos biológicos ainda não estabelecidos.