Broca
A economia moderna está constituída de fragmentos isolados, e auto-evolutivos que geram as desigualdades, as impurezas do sistema econômico, e as individualidades que formam as acumulações, e as concentrações que levam às incertezas da economia como um todo. Não se pode negar que se gostaria de que a economia se movimentasse dentro da ótica da competição perfeita, onde houvesse liberdade de atuação para todos, onde houvesse pleno conhecimento de mercado, e onde o preço fosse determinado pela inter-relação de forças mercadológicas. Essa idéia teve a boa vontade dos teoristas que estudaram a economia, de algum tempo passado, e talvez ela se desenvolvesse um pouco parecida com uma estrutura deste tipo; porém, eles resolveram apresentar um sistema econômico que fosse perfeitamente bem organizado, que servisse de exemplo para economias do futuro, que deveriam caminhar pela trilha da perfeição. Os pressupostos da competição perfeita talvez sejam sonhos que alguns teoristas tiveram, quando trabalhando no sentido de explicar o sistema econômico como um todo, ou as relações que envolvem a economia interligada com a sociologia, a história, a geografia, e algumas outras ciências sociais. Valeu o sonho, pois, dentro deste prisma, os agentes econômicos teriam perfeito conhecimento de mercado, quanto a preço das mercadorias, quanto a qualidade do produto, e quanto ao peso e confecção do bem que estaria à disposição dos consumidores, aptos para o seu consumo final. A este princípio, diz-se que o consumidor é um sujeito racional, do mesmo modo, prenuncia-se que esta economia está pautada numa estrutura de perfeição que tem como meta fundamental a certeza, onde qualquer desajuste no sistema econômico, seria rapidamente equilibrado pela própria inter-relação de forças competitivas da economia. Os clássicos esqueceram que para o seu futuro, a economia não teria a mínima condição de caminhar tal como eles previram e que diante das