Brincar
Maévi Anabel Nono
Unesp - Departamento de Educação – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas
Fundamentos e princípios da educação inFantil
Como escrevem Imma Marín e Silvia Penón (2003/2004, p. 30), especialistas em brinquedo e educação, Brincar é a principal atividade da infância. Responde à necessidade de meninos e meninas de olhar, tocar, satisfazer a curiosidade, experimentar, descobrir, expressar, comunicar, sonhar... Brincar é uma necessidade, um impulso primário e gratuito que nos impele desde pequenos a descobrir, conhecer, dominar e amar o mundo e a vida. Leni Vieira Dornelles (2001) analisa a importância do brincar na vida da criança – e, por que não, do adulto – e nos ajuda a refletir sobre as diversas possibilidades desta atividade tanto para os bebês, quanto para as crianças um pouco maiores. Como ela bem nos lembra, desde cedo, os bebês começam a conhecer o mundo à sua volta, estabelecendo relações com as pessoas que interagem com eles. Pelo brincar, vão se expressando, comunicando-se, experimentando e interagindo com seu próprio corpo, com os outros e também com os diversos objetos presentes no mundo. Já um pouco maiores, as crianças se valem das brincadeiras para aprender a lidar com o outro, a partilhar brinquedos e espaços para brincar, a negociar regras e formas de participação nas atividades lúdicas. Tão importantes no desenvolvimento das crianças, as brincadeiras devem ter tempo e espaço garantidos nas creches e pré-escolas. Janet Moyles, em entrevista concedida à Revista Pátio Educação Infantil, argumenta a favor da presença do brincar nas escolas de Educação Infantil. Leiam o depoimento dela e vejam o que ela pensa sobre as contribuições das brincadeiras para o desenvolvimento das crianças: Brincar é uma parte fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento nos primeiros anos de vida. As crianças brincam instintivamente e, portanto, os adultos deveriam aproveitar essa inclinação “natural”.