BRINCAR
Ao entrar em contato com a brincadeira as crianças iniciam a compreensão de si e do outro, aprendem papéis, regras sociais e noções de realidade. Além disso, espelham-se umas nas outras e isso tudo facilita trocas afetivas e de experiências entre os parceiros de brincadeira. Sendo assim, o momento da brincadeira possibilita que a criança treine o uso da imaginação, da comunicação e vivencie um momento de interação social, tornando-se cada vez mais independente.
De acordo com os últimos estudos e o DSM-IV, uma das características observadas em pessoas com autismo é o repertório restrito de interesses; considerando isto e todos os comportamentos vistos em crianças com autismo, deve-se considerar ainda mais os benefícios da brincadeira, isto porque ela é uma das principais formas de estimular a imaginação e o uso funcional de todos os aprendizados já adquiridos, o que possibilita mudanças no desenvolvimento. Os estudos já indicam que a brincadeira é o caminho de transição para níveis mais elevados de desenvolvimento.
É importante que pais, familiares, professores e terapeutas saibam que o momento da brincadeira não é um momento em que o aprendizado de conceitos como cores e formas devem ser exigidos, embora sejam estimulados. Durante a brincadeira a ordem é brincar de forma motivadora e funcional e usar a comunicação, a interação e a imaginação também de forma funcional e natural, buscando expandir os horizontes de conhecimentos de cada um.