Brincadeira na Educação Infantil
“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.” (Carlos Drummond de Andrade)
A escola da atualidade enfrenta grandes desafios. A globalização e o mundo informatizado, como denominada a sociedade atual por Alarcão (1998), nos impulsiona para um novo fazer pedagógico, um fazer que compreenda o sujeito em seus aspectos socioculturais, políticos e econômicos.
Nossa sociedade hoje é midiática. A globalização proporcionou um avanço gigantesco na construção e transmissão de informação e conhecimento. Os valores morais e éticos já não são os mesmos de décadas atrás, aliás, arriscamos dizer que esses valores são bem distintos até mesmo dentro de um mesmo grupo social. Nesse sentido, a cultura, mais do que nunca, deve ser encarada como construção humana.
A educação escolar deve respeitar e buscar acompanhar essa evolução, que é dinâmica e contínua. Os sujeitos da educação devem ser considerados em seus aspectos sociais e culturais tendo em vista o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades cognitivas.
No que concerne a Educação Infantil, está deve contemplar os princípios políticos no que se refere à formação da criança para o exercício progressivo dos direitos e dos deveres da cidadania, da criticidade e do respeito à ordem democrática.
As instituições dedicadas à educação infantil devem, então, articular suas ações visando a construção de um espaço rico em interações, considerando os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança (presentes simultaneamente na atividade infantil, que é global e indivisível), garantindo-lhe o direito de ser verdadeiramente criança – ser ativo, criativo, capaz de transformar, através da sua ação, o mundo a sua volta.
Assim, conforme Delors (1998) aprender a conviver (integração com os outros e com o mundo)