Brincadeira de criança
1- JUSTIFICATIVA
Ao propor ao grupo de crianças a brincadeira telefone sem fio, de imediato percebemos que, mesmo explicando a brincadeira, algumas crianças pareciam não compreendê-la.
Cientes de nosso papel enquanto educadores, que é o de também propor as novas brincadeiras, buscando o ponto de encontro entre adultos e as crianças, falamos para as crianças que esta brincadeira é simples e bem antiga, que seus pais com certeza também brincavam quando eram crianças. Neste momento, paramos a brincadeira e começamos a conversar sobre brincadeiras de criança, tanto as de hoje em dia, como as mais antigas.
Ao propor o questionamento: “Os pais de vocês costumam brincar em casa ou na rua com vocês?” Algumas crianças disseram que sim, outras que os pais não tinham tempo para brincar com elas. Entretanto, observando a fala das crianças percebemos que uma criança falava sua brincadeira e a outra repetia a fala da colega, como se faltasse repertório de brincadeiras.
Cada criança disse que a brincadeira que mais gostava. O que chamou a atenção foi que uma falou que gostava mesmo era de brincar da mesma brincadeira que sua mãe brincava quando era pequena, de batata quente. Sugerimos que ela explicasse a brincadeira aos colegas.
No dia seguinte, em uma roda de conversa, retomamos o assunto das brincadeiras de criança, mas desta vez mais crianças quiseram falar sobre as brincadeiras de seus pais, demonstrando que o assunto havia sido socializado em casa com a família. Umas crianças disseram que seus pais brincavam de casinha, peteca, boneca de pano, cirandinha, bete, pique- pega; outras não manifestaram opiniões, mas ouviram os colegas atentamente.
Considerando o envolvimento das crianças diante dos brinquedos e brincadeiras que seus pais costumavam brincar e sabendo o quanto é preciso trabalhar a valorização das mesmas, pois muitas destas brincadeiras consideradas mais “antigas” estão sendo esquecidas hoje em dia e até sendo substituídas por