BRICS
Há dez anos surgiu o acrônimo BRIC, sigla formada pelas iniciais de quatro países que despertavam admiração no mundo pela vitalidade de suas economias – Brasil, Rússia, Índia e China, aos quais se associa a África do Sul – e que hoje representam 19% do PIB global. Nesses dez anos, o conjunto de suas economias cresceu de 3 trilhões de dólares para 13 trilhões de dólares. Esses 10 trilhões a mais correspondem em nossos dias a seis economias da Grã-Bretanha em 2001. Ainda nesses curtos dez anos, a China, a locomotiva do bloco, crescendo a um ritmo médio de 7% ano, chegou ao posto de segunda economia do mundo; suplantou o Japão e é o dobro da economia alemã, o mais rico e mais poderoso país da Europa Ocidental. Não obstante, a grande imprensa mundial, as ‘consultorias’ e agências de ranking disso e daquilo de Wall Street e da City de Londres, o FMI e a OCDE, a grande imprensa de lá – The Economist, The Financial Times, The Time – de cá – o jornalão, a revistona – anunciam o réquiem do bloco, como diariamente anuncia a falência do MERCOSUL.
BRICS criam banco exclusivo e fundo de US$ 100 bilhões para enfrentar crise
Os chefes de Estado dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) aprovaram nesta terça-feira (15/07) a criação de um Banco de Desenvolvimento exclusivo do bloco, além de um fundo emergencial de US$ 100 bilhões de ajuda mútua para situações de crise financeira. Os órgãos irão financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento para as cinco economias emergentes que somam um quinto do PIB global e 40% da população mundial.
Como funcionará o banco
A primeira presidência rotativa do banco ficará sob responsabilidade da Índia; o Brasil cedeu à aspiração de assumir o primeiro mandato de cinco anos, embora Dilma Rousseff tenha dito, posteriormente, que foi a Índia quem propôs inicialmente a criação do banco e, por isso, ficou naturalmente com a primeira presidência rotativa. Além disso, a sede da instituição financeira