BRICS
BRICS consiste em um acrônimo, criado pelo economista Jim O'Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo Goldman Sachs, em que se enquadram Brasil, Rússia, China e Índia, com o acréscimo da África do Sul em 2011.
Após analisar dados extraídos de suas pesquisas, Jim O'Neill percebeu que quatro países em particular se destoavam dos demais, por apresentarem elevado e rápido crescimento econômico, a tal ponto que, juntos, poderiam eclipsar as economias dos atuais países mais desenvolvidos e ricos até 2050. Esses países também guardavam semelhanças bastante interessantes e relevantes, como o fato de possuírem grandes proporções territoriais, uma enorme população que apresentava sinais de maciças entradas de pessoas na classe média nos próximos anos, economias sólidas e vastas riquezas naturais, além de possuírem polos industriais em franca ascenção. Com perspectivas positivas, Jim O'Neill alertou também que apesar do então BRIC não formar um bloco político ou econômico, mas apenas uma agregamento didático que enquadrava esses quatro países, sua importância geopolítica mundial poderia se tornar muito relevante nos próximos anos, a ponto de irremporem a dominância do Ocidente e estabelecerem uma ordem política multipolar, em oposição ao atual domínio estabelecido pelos membros do G-7.
BRICS: qual sua importância? Cada país integrante do BRICS possui importantes peculiaridades. Brasil, Rússia e África do Sul são gigantes exportadores de commodities, desde matéria-prima para a manufatura (como o minério de ferro) até commodities energéticas (petróleo e gás natural), enquanto China e Índia são gigantes exportadores de produtos manufaturados, contando também com a exportação de produtos high-end tecnológicos (como chips e satélites). Isso mostra a importância desse grupo e sua capacidade de auxiliar-se mutuamente, com Rússia, Brasil e África do Sul exportando commodities a China e Índia, que os processam, manufaturam e transformam em