Brics
A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas as discussões políticas.
Obs: Em 2011, a África do Sul passou a fazer parte da BRICs.
O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.
Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.
Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, atingiu 460 milhões até 2011. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.
A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 3 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.
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