BRIC
Estando ciente de tal situação, os EUA mudaram o seu comportamento para que não haja perda total de sua hegemonia. Logo, passam a “reformar e consolidar instituições internacionais permitindo-lhes persistir no período pós-hegemônico, ao mesmo tempo refletindo seus próprios interesses e valores” (Daniel Flemes). Com isso, pode-se dizer que a futura ordem global será moldada por grandes potências, por meio de instituições internacionais.
Tratando-se sobre potências, o fato das potências emergentes estarem adquirindo maior importância não significa que estas se tornarão necessariamente potências dominantes na futura ordem global. O Brasil, por exemplo, não pode esperar que seja classificado como potência dominante no futuro devido à falta de recursos materiais, o que o diferencia da China, por exemplo. Para ser classificado como tal, o país precisa exercer poder em âmbito global. Segundo Hurrel, há quatro critérios necessários para que um país se torne uma potência. O primeiro deles é a capacidade de contribuir para a ordem internacional. O segundo trata sobre coesão interna que permite a ação do Estado eficaz. O terceiro diz sobre poder econômico, tais como níveis elevados de crescimento econômico ou um grande mercado. E por fim, o quarto é a questão do poder militar com a capacidade de competir com outras potências dominantes em uma guerra convencional.