Breves Textos Seminários Geopolítica Segundos Anos CEFET
Nos anos 2000, presenciou-se a invasão dos Estados Unidos aos territórios afegão e iraquiano. Nestes escritos, os dois conflitos serão vistos em conjunto, pelo fato de apresentarem algumas características em comum. De início, ressalta-se que não são disputas meramente étnicas ou religiosas, como divulgam as mídias, mas conflitos de caráter essencialmente econômico.
Quanto ao Afeganistão, seu território foi invadido pelas tropas soviéticas nos anos 1980, em pleno contexto da Guerra Fria. Como o mundo vivia um período de bipolaridade entre bloco socialista (liderado pela URSS) e bloco capitalista (liderado pelos EUA), coube aos afegãos recorrerem aos Estados Unidos para solicitarem auxílio. Os EUA intervieram, fornecendo dinheiro e munição ao exército afegão, o Talibã.
Contudo, na década de 1990, após o término da Guerra Fria, o exército Talibã passou a utilizar as armas e o dinheiro concedidos pelo governo estadunidense para praticar atividades terroristas por todo o planeta. A intenção dessas atividades de cunho fundamentalista islâmico é preservar a cultura muçulmana intacta, visto que estes grupos islâmicos mais radicais julgam que a cultura ocidental dominante está denegrindo a cultura tradicional de seus povos.
Sobre essa questão da cultura, salienta-se que atualmente tem ocorrido um processo de invasão cultural em escala mundial, o que se ratifica através dos costumes, alimentos, roupas, músicas e danças difundidas mundo afora, a imensa maioria proveniente dos países desenvolvidos, sobretudo os europeus e os Estados Unidos. É justamente contra essa invasão cultural que muitos grupos terroristas que se pautam no fundamentalismo islâmico realizam seus atentados terroristas. Isso se comprova através do fato de que os grandes ataques terroristas geralmente se concentram em países desenvolvidos.
Passado este breve comentário acerca do fundamentalismo islâmico, chega-se então ao atentado às torres gêmeas do World