Breve resumo de estética
Abril de 2013
Comentário às citações
Definição de estética
Platão defendia que o belo não é uma qualidade ou determinação mas sim um valor. O belo estava no plano do ideal, do absoluto e infinito, mas separado do plano sensível. Existência confinada ao mundo das ideias e associada ao bem, à verdade, ao inalterável e à perfeição. O que existe é verdadeiro, mas nem tudo o que existe é belo. Assim, a obra de arte era considerada por ele como cópia da natureza. Segundo este ideal, o juízo estético tinha que se regrar pelo ideal de beleza superior.
Aristóteles, ao contrário de seu mestre (Platão), concebeu o belo como algo que reside na realidade sensível passando a ser algo concreto. Para este filósofo, o belo era algo transmutável, que sofria evolução, e passou a defender que era essencial ao homem. Como tal, a criação artística deixa de estar vinculada à ideia de perfeição e passa a ter múltiplas facetas passando pelo mundano e medonho. É com Aristóteles que se começam a formar critérios para o juízo à obra de arte e ao fazer artístico, com isto abrem-se as portas à singularidade individual do artista.
Foi no Renascimento que se deu a união entre Beleza e Arte. Nessa altura a Arte e a Beleza estavam confinadas à Beleza da Natureza. No século XVIII admitiu-se que esta Beleza Natural está espalhada nas coisas, as obras de arte também proporcionam o mesmo prazer àqueles que sabem encontrar nelas sinais do Belo universal. Foi nesta altura que Alexander Gottlieb Baumgarten (autor de uma das citações escolhidas pela professora) denominou de Estética a disciplina que se dedicava ao estudo do Belo e das suas manifestações na Arte. Foi Baumgarten que agregou os sentidos, a imaginação e a perceção à disciplina, que até então era uma área marginalizada pela pelos filósofos e metafísicos. Inspirou-se na ideia de que a Beleza e o seu reflexo nas artes representam um conhecimento proporcional à nossa sensibilidade, um conhecimento confuso e interior