Breve reflexão sobre a nova classe média
Com certeza estamos vivendo um momento melhor no Brasil.
Com o crédito facilitado e um maior nivelamento de renda, muito mais pessoas estão conseguindo adquirir bens e serviços.
As próprias empresas, visualizando esse novo mercado, estão focando em produtos mais baratos com uma certa qualidade, para atender esta nova classe média, que movimenta 1 trilhão de reais por ano em nossa economia.
Porém, isso pode causar uma falsa ilusão de que as coisas estão bem.
A dívida das famílias brasileiras, que considera o total das dívidas dividido pela renda no período de um ano, bateu recorde histórico em 2013, chegando a 45,38%.
Isso mostra que é um modelo com prazo de validade.
Em algum momento as pessoas vão ter que pagar estas dívidas.
A quantidade de crédito também vai diminuir, pois após uma brusca queda de juros que possibilitou créditos mais baratos no mercado, as taxas estão subindo novamente.
Falando mais do mesmo, pois não somos só nós que temos esta ideia, para que tenhamos uma classe média que perdure e evolua, precisamos ensinar desde cedo como usar o dinheiro.
Dar crédito a “rodo” é só solução temporária. Educação é certeza de um futuro.
Experiência intercultural, opinião atemporal.
Vendo toda repercussão causada pelo arremesso da banana na direção do jogador brasileiro Daniel Alves, recordei de uma experiência relacionada a este tema que vivenciei no mesmo país do ocorrido. Morei um ano em Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares localizadas ao sul da Espanha. Em meio a idas e vindas na busca de emprego, me permiti descontrair um pouco e jogar algumas partidas de futebol. Em uma praça próxima de onde eu morava, havia uma quadra de futebol com grama sintética, muito melhor do que várias que pagamos por aqui R$150,00 a hora para jogar, livre para todos que quisessem. Ao ver que dois times já jogavam e alguns aguardavam a sua vez, aproximei-me e fui me apresentando. Ali estavam jogando e