Breve histórico do cinema italiano contemporâneo
Ao lembrar do cinema Italiano, a primeira recordação que se tem é a “idade do ouro”, correspondente ao meado dos anos 40 até o fim dos anos 60. Nesses anos, o Neo-Realismo Italiano é representado por figuras como Luchino Visconti, Roberto Rossellini, Vittorio De Sica, Federico Fellini, Michelangelo Antonioni entre outros grandes realizadores da época. Em um período de pós-guerra, o cinema era uma poderosa arma ideológica e política, que representava uma Itália que passava por profundas transformações, inclusive a saída de um regime totalitário fascista. Após esse período, houve quem declarasse o cinema Italiano como morto, e a situação cinematográfica do país realmente não era muito favorável. O público já não se interessava mais por temáticas de engajamento político e social, que era o principal viés das obras daquela época, e os poucos produtores-distribuidores do país já não se interessavam por financiar esse tipo cinema. Daí restaram-se duas opções aos diretores italianos: realizar obras de baixo custo ou depender do financiamento público. Como muitos diretores recorreram à segunda opção, o cinema da década de 60 passou a ser realizado para TV (a estatal RAI), e com o objetivo de divulgar a história da humanidade de forma didática. Em meados dos anos 70 e nos anos subseqüentes, a crise do cinema italiano só se acentuou, com o surgimento das redes de televisão privadas, que cada vez mais exibiam filmes, principalmente os antigos, o que favorecia os distribuidores, mas não os produtores. As salas de cinema passaram a ficar vazias, pois nenhuma renovação cinematográfica ocorreu por conta da falta de financiamento. Mesmo posteriormente, com a abertura das TV’s privadas para a produção de filmes, o cinema de autor continuou enfraquecido, pois não obtinham o lucro desejado, e por isso foram paulatinamente menos contemplados, dando lugar às produções para o grande público. Mas ainda assim,