Breve histórico da psicolgia
A psicologia como ciência é algo recente, porém um assunto antigo.
Quando um leigo no assunto ouve o termo “psicologia”, logo surge a imagem de um paciente falando de si para um psicoterapeuta, a fim de conhecer-se melhor e obter assim a cura da psique. Logo, no imaginário geral, a psicologia se tornou sinônimo da ciência que se dedica a cura da psique. Mas a psicologia enquanto ciência, por mais estranho que possa parecer, não nasceu com este objetivo, ela se tornou o que é hoje através de um longo percurso até reaproximar-se das preocupações humanas originais a respeito da alma. Sim, porque em seu sentido original, a palavra psiquê em grego significa alma.
A necessidade de compreender-se, e também ao próximo, obviamente não surgiu com a psicologia acadêmica, algo muito próximo a esta visão de investigação da psique já existia há milênios. Bem antes de existir análise ou terapia, muitas tradições religiosas, principalmente orientais, já apontavam para a necessidade de conhecer-se a si mesmo. Finalidade que é automaticamente reconhecida como objetivo da psicoterapia atual.
Na antiguidade, como a essência humana era incontestavelmente sagrada, a cura da psique, era principalmente focada na promoção do retorno a esta essência (que nada tem a ver com a simples adoração de uma divindade externa, embora os rituais também cumpram uma importante função psicológica), em aprofundar-se em si mesmo resgatando o seu centro e restabelecendo a sua ligação com o sagrado. E isto era de cabal importância, pois todo o universo era sagrado, uma unidade. O ser humano estava estreitamente interligado com os ciclos da natureza, pois dela dependia e a ela estava sujeito, não como um agente externo, e sim como um ser integrante de um grande organismo vivo, a fonte da vida. A este grande sagrado ele deveria religar-se para entrar em equilíbrio novamente. A visão de individuo como concebemos, um ser ou organismo relativamente auto suficiente