breve historia da ciencia moderna belle epoque
Breve história da Ciência Moderna:
A belle-époque da ciência (séc.
XIX)
Marco Braga, Andreia Guerra e José Cláudio Reis
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007. 188 p.
Sobre as reconstruções históricas das ciências
Antes de detalhar a apresentação do presente título, iremos externar algumas considerações iniciais sobre a presente resenha.
Trata-se de uma parte subjetiva, de trajetórias acadêmicas pessoais, que se encontram e se reconhecem no campo de atuação intelectual contemporâneo. É assim que ocorre a nossa posição de análise dos escritos dos autores da obra em questão: nossas trajetórias, em particular a de Andreia Guerra, Marco Braga e José
Cláudio Reis, têm-se interconectado em várias ocasiões de congressos na área de Ensino de
Física e História da Ciência. Nessas ocasiões, percebemos o processo contínuo e profícuo do programa de pesquisa que o grupo Teknê tem desenvolvido. Assim, não é surpreendente que estejam no quarto volume (do total de cinco planejados) de uma coleção que busca introduzir o leitor em uma breve história da ciência moderna, conduzindo-o a um entendimento que busca uma visão global das relações entre as diversas ciências, bem como delas em relação ao mundo cultural e social. Essa não é uma tarefa fácil, como reconhecem os autores; exige boas escolhas historiográficas e epistemológicas, bem como editoriais. Há pelo menos duas idéias fundamentais aqui. Uma é a que trata dos objetos da história da ciência, possuindo uma dimensão filosófica, o que define que somente sob um escrutínio histórico-filosófico revelam-se suas articulações fundamentais e conserva-se o seu caráter de objeto histórico. A outra idéia, não menos importante,
Cad. Bras. Ens. Fís., v. 25, n. 3: p. 601-605, dez. 2008.
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é discernir e explicitar as ligações de uma racionalidade da descoberta ou criação científica com as circunstâncias sócio-culturais de sua criação (tradição científica) e recepção, ou seja, o complexo